quarta-feira, agosto 13, 2014

O amor é a matemática

Penso que o amor seja uma espécie de loteria. Você pega um volante e às cegas marca os tão desejados número na esperança de ser premiado. São apostas. Não é a pessoa que se dedica mais ou que se entrega plenamente. Não é porque você ama o outro e faz tudo que ele deseja que receberá o mesmo afeto. 
Um conselho. Pare. Amor não exige demonstrações de submissividade e se exigir, claramente, não é amor. Embora não acredite, tão veemente, no amor conjugal a meu ver amar tem que te libertar das prisões, dar asas, permitir você ser quem é sem a necessidade de máscaras, pisar de ovos ou receio de magoar o outro. É como andar sem medo em um lago fino de gelo. É questão de sorte. De ser sorteado mesmo. A famosa: probabilidade.
Você tem uma chance, mas não sabe exatamente sobre o quê. Não é igual a uma moeda que sem tem dois lados e que você pode tentar prever. Só que tudo é imprevisível. Se você jogar um dado as chances de sair um número de 1 a 6 são iguais. E você é um desses lados. Você pode ser sorteado agora, amanhã ou nunca. Só que a vida não é um dado de 6 faces. Acho que ela se equipara mais a um volante mesmo com 60 números. Possibilidades. 
O amor existe para alguns. Inexiste para outros. A questão é saber se você faz ou fará parte dessa estatística. Nunca saberemos a não ser que apostemos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário