segunda-feira, maio 25, 2015

Príncipes Encantados.


Cresci, assim como a maioria das meninas, desejando encontrar um príncipe encantado. E diversas vezes me deparei sonhando com o dia em que encontraria um homem dotado de uma perfeição digna de contos de fadas. Ao longo dos anos percebi que a vida não é narrada a partir de um “era uma vez”, onde você tem a certeza que a história será finalizada em “e foram felizes para sempre”. Infelizmente o roteiro de nossas vidas não fora idealizado pela Disney e, de certo, ainda colaremos em nosso álbum da vida muitas figurinhas de arrependimentos, decepções e desencontros.

Acontece que estes últimos tempos tenho estado bastante reflexiva quanto a definição de homem ideal. E, para minha surpresa ele passa longe dos conceitos que vim cultivando desde a tenra infância. Os macaquinhos do sótão surpreenderam-se ao constatar que na verdade eu desejo um homem simples, humano e com suas imperfeições. É estranho para mim – bem confesso – admitir que estive equivocada por tanto tempo e que eu não serei resgatada de uma torre.

Quimeras à parte. Pude notar que aos poucos, mesmo sem perceber, eu vinha podando o meu destino. Como uma árvore que tinha seus galhos cortados nas vésperas de frutificar. Os meus frutos foram, diversas vezes, sacrificados pelo medo de não ter meu destino exatamente igual ao que venho planejando desde minha meninice.

Eu percebi observando alguns exemplos de casais que vivem ao meu redor, através de testemunhos de vida, que histórias bonitas não se restringem às fábulas. Observei, ainda, que é possível amar alguém em suas limitações, em seus medos e imperfeições. E que na verdade eu já venho amando há algum tempo alguém assim. E absorta fiquei ao constatar que a definição de príncipe encantado, ou melhor, sua personificação, sempre estivera diante dos meus olhos.

Príncipes encantados não necessitam de cavalos brancos, moças. E a única carruagem que precisamos adentrar se chama coração. Histórias com finais felizes começam assim. Ouvi falar...

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