sexta-feira, dezembro 19, 2014

Para 2015

Para 2015 não farei promessas para não me frustrar caso não consiga concretizá-las. Deixarei apenas que a vida siga seu curso normal. Que os dias corram macios e sem pressa. Esvaziarei o coração de expectativas e me abandonarei nos braços do improvável. Quem sabe a vida, só para me contrariar, não me faz uma surpresa boa e trata de colocar no trilho novamente esse trem que é a minha vida. Não me frustrarei com as decepções obtidas nesse ano que se passou, porque fiz delas degraus – apesar de subi-los muitas vezes de joelhos -, até a maturidade que necessitava. Para o ano vindouro desejo apenas que o amor me abrace e não me solte. Se houver amor em minha vida, todos os outros sentimentos também florescerão. Planto algumas sementes despretensiosas hoje para cultivar um jardim bonito às minhas borboletas.

Que voem até mim.

Fotografia: Lucas Nunees.

terça-feira, dezembro 16, 2014

Dias para chorar

Tem dias que foram feitos para chorar e por isso eu digo: “chore, esvazie-se e deixe que a chuva lave seu interior”. Sinta o sabor das lágrimas e deixe-as tocarem em teus lábios. Aceite os abraços amigos e permita-se envolver nos braços que lhes são estendidos. É natural que as pessoas queiram nos abraçar, nos dê tapinhas nos ombros e nos mande enxergar adiante. Elas nos amam.

Eu repito: “alguns dias foram feitos para chorar”. A lágrima é necessária para santificar a alma, ela limpa o nosso interior e nos permite expulsar aquilo que nos entristece. Há uma grande diferença, porém, em ser e estar. Esteja triste um ou dois dias, mas nunca seja. Não somos de ferro e muito menos temos corações de gelo. Aceite a sua dor, mas não seja refém dela.

As pessoas sofrem continuamente porque optam por ser e não estar. A nós é dada a opção de seguirmos em frente, mas também de permanecermos no mesmo lugar. Não se afogue na poça de lágrimas que se acumula debaixo dos seus pés. Deixe que o sol aqueça o teu coração e seque teu choro. A vida é muito breve para ficarmos presos aos dias rabiscados em nossos calendários, na vida de quem decidiu ir embora sem dizer adeus.

Pela terceira vez eu digo: “alguns dias foram feitos para chorar”. E muitos mais são aqueles que foram feitos para sorrir. Chore hoje, mas vista seu melhor sorriso amanhã. É uma ordem.

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Projeto Colorindo as palavras

Em março deste ano a escritora Joyce Xavier teve a idéia de convidar vários escritores a colaborarem com a fanpage Colorindo as Palavras. Eles abraçaram não somente ao convite, mas à vontade de espalhar ao mundo o amor em palavras. Na página encontramos vários estilos e diferentes visões sobre a vida. Tudo isso advindo de estados e culturas diferentes.

Em agosto desse mesmo ano, 2013, alguns dos autores – incluindo eu -, aceitaram publicar dois livros antagônicos. Ambos com o nome da página Colorindo as Palavras diferindo-se apenas pelos subtítulos. Sendo eles: “Nossas Cores, Flores e Sabores” e “Nossas Dores, Nossas Cores”.

Sábado, dia 13 de dezembro, aconteceu o lançamento desse livro tão esperado. O evento foi realizado no Tacada Snooker Bar, em Jacarepaguá/RJ. A partir das 18h os escritores se reuniram pela primeira vez e puderam abraçar aqueles que mantinham contato – por meses -, somente via tela.

Quero expressar a felicidade que sinto hoje por ter conhecido pessoas tão incríveis. Somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. A distância que nos separa é somente física e pude perceber quando abracei cada um naquele local. Às pessoas que foram nos prestigiar minha eterna gratidão, se escrevemos e levamos adiante essa idéia de publicarmos é porque temos incentivo, porque vocês estão conosco.

Muito obrigada!

sexta-feira, dezembro 12, 2014

A importância do regozijar-se.

Todos os dias recebo devocionais que uma amiga ‘londrina’ me envia. Ela em sua santa paciência traduz, porque os recebe em inglês (e o inglês da pessoa aqui não é bom o suficiente). Tenho crescido muito desde que recebi o primeiro. Confesso que os leio algumas vezes ao dia. A primeira vez que é pela manhã, exatamente às 6h, à tarde e quando vou dormir.

Há uma sicronicidade fantástica nos textos que recebo com o momento que estou vivenciado. Com lágrimas nos olhos, nó na garganta e coração acelerado terminei de ler alguns textos. Levei alguns tapas na cara, foi necessário que eu acordasse para a vida, já recebi abraços tão fraternos de Deus em cada linha e percebi que o vazio que me faltava naquele momento só se preencheria com Ele.

Quero compartilhar sobre a visão que tenho, ou que tenho tentado ter, sobre a vida. Dizer que ela é bonita, que os problemas passarão e esperar por dias melhores todos nós fazemos. É muito fácil, afinal. Acontece, porém, e hoje compreendo, que a vida também se projeta olhando vez em quando para o passado.

Hoje em uma conversa com essa amiga ela me perguntou se eu sabia o que era regojizar. De imediato disse que sim. Quem nunca leu na bíblia essa palavra e teve curiosidade de procurar saber. Ok. Nem todos têm a curiosidade de procurar, então eu imaginei e disse: “se alegrar, ser contente.” Então, ela me disse que no inglês era mais fácil entender, que se traduzia: “alegrar-se de novo.”

Antes de chegar neste ponto, um pouco mais cedo, conversava com um amigo sobre contentamento. Você já parou para pensar o quanto maldiz a sua própria vida? É natural do ser humano não reconhecer as dádivas que possuem. Nós nos apeguemos àquilo que não temos. Eu, por minha vez, me deparo todos os dias diante de vários questionamentos. Digo a Deus o quanto desejo ter algo, mas não me recordo o quanto já fui abençoada desde o meu nascimento.

Voltando ao regojizar-se. Ela me recordou de várias vezes em que na Bíblia Deus nos fala através do passado. Diversas vezes Ele diz: “Eu sou o Deus que te tirou do deserto”, “Eu sou o Deus de Abraão”. O Senhor nos recorda os seus feitos para que nos alegremos de novo, para que lembremos que onde a terra era seca, em algum momento, a água molhou tornando-a fértil. Ela disse exatamente assim: “Ele quer é que você lembre do que Ele já fez no passado pra fazer você crer nas promessas futuras.”

Hoje eu recordei o deserto em que estive em 2012 e o quanto o Senhor me abençoou após dobrar os joelhos no chão e orar incessantemente. Lembrei ainda de 2013 quando minha irmã descobriu ter um tumor ósseo e, em oração, o Senhor me disse que ela ficaria bem. E hoje me recordo e, claramente, olhando para o espelho eu vejo quem eu sou e quem eu era há alguns anos, meses, dias. É necessário que nós tenhamos mais gratidão. Às vezes o nosso péssimo se torna uma âncora, por isso não conseguimos sair de perto do cais.

Hoje eu recordo e agradeço. Obrigada, Senhor!