quinta-feira, setembro 29, 2016

SORRIA, MOÇA, SORRIA!




Quando você se decepciona, fica magoado com alguma coisa, a tristeza te impede de enxergar o que realmente importa. Ela tira o foco da sua felicidade e coloca em seu lugar a saudade. Sentir falta do que te fez muito bem um dia é super saudável, o problema é quando você deixa essa falta consumir os seus dias. E não consegue fazer mais nada além de pensar em determinada situação.
Aí você tem que parar, olhar ao seu redor, respirar fundo, e perceber que o mundo não parou e apesar de tudo, a sua vida seguiu em frente. Só falta você se libertar da mágoa, do peso do passado, entender que acabou e não era pra ser mesmo, sabe? Você tem que compreender que nem sempre que um ciclo chega ao fim é porque você fez algo de errado, às vezes é um aviso, um sinal, uma resposta, qualquer coisa que faça você sempre se colocar no topo, não deixar a sua felicidade na mão de ninguém, se bastar, gostar da sua própria companhia e se valorizar mais.
Você pode até sofrer mas que seja de cabeça erguida e de consciência tranquila que você fez a sua parte, deu o seu melhor mas não foi o suficiente, então cabe somente a você escolher não viver de migalhas e tomar a atitude correta de se libertar do que está aprisionando a sua paz. Você não sabe a força que tem até ser obrigada a ser forte e nem imagina o poder desse seu sorriso, ah, que sorriso mais bonito, moça. Ele pode desarmar toda guerra interna, tudo que te atormenta e te desassossega o coração.
Sorria, moça, sorria! Nada é em vão nessa vida, você sofre mas amadurece. E aprende a querer só quem te quer também. Nesse mundo o que não for recíproco, não vale a pena. Você é tão inteira para precisar das metades de alguém. Não queira viver de coisas mornas, você é tão intensa, merece todo o calor de um abraço quentinho e verdadeiro. Seja mais você, moça bonita!




quarta-feira, setembro 28, 2016

RESENHA - O Orfanato da Srta Peregrine para crianças peculiares.



LIVRO: O Orfanato da Srta Peregrine para crianças peculiares;
SÉRIE: O Orfanato da Srta Peregrine para crianças peculiares;
AUTOR: Ranson Riggs;
ANO: 2015;
EDITORA: Leya;
PÁGINAS: 336.
SINOPSE: Tudo está à espera para ser descoberto em 'O orfanato na Srta. Peregrine para Crianças Peculiares', um romance que tenta misturar ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas.

O livro conta a história de Jacob um adolescente que trabalha na rede de mercados da família de sua mãe, ele odeia o seu emprego e já tentou de várias formas ser demitido, sem sucesso. O pai de Jacob está sempre em busca de um sonho que é publicar um livro, porém esse sonho sempre acaba dentro de uma gaveta.

Jacob tem uma ligação muito forte com o seu avô paterno Abe Portman, ele sempre contava ao neto, histórias mirabolantes e encantadoras de quando viveu no Orfanato da Srta. Peregrine, para onde foi levado durante a Guerra na Ilha de Gales. Conforme Jacob foi crescendo, as histórias de monstros e crianças com super poderes, foram perdendo o encanto. Depois que o vovô Portman faleceu, Jacob começou a questionar se tudo o que o avô relatava era verdade e foi então que resolveu ir até a Ilha em busca de respostas. E é ai que a aventura começa.

Não gostava de ler livros de fantasia mais confesso que, a cada vez que leio eu me apaixono mais e mais pelo gênero. Esse livro nos transporta para um mundo tão fantástico que nem eu acredito que seria possível.

Ransom Riggs criou um mundo tão espetacular que não há como não se apaixonar. Durante a leitura sempre me perguntava: “De onde vem tanta criatividade?” “ Será que ele ouvia histórias de seus avós parecidas com essa?” “Como ele conseguiu criar um mundo tão fantasioso e tão envolvente ao mesmo tempo?” Porque sério, esse livro é um os melhores que eu já li. Me apeguei tanto aos personagens, ao Jacob, que não tinha como não torcer por ele, O crescimento dele durante a narrativa foi incrível.

Recomendo a leitura a todos mesmo para quem não gosta muito do gênero, porque é surpreendente. A leitura tem uma pitadinha de terror, mas é quase imperceptível e tem muito suspense, romance e fantasia e a cada capitulo uma nova surpresa. E não podemos esquecer das fotos que ilustram cada personagem, fazendo com que nossa mente entre cada vez mais na história.
Eu só tenho uma critica, que é uma questão “técnica” e de gosto pessoal, como sou muito “neurótica” com as minhas leituras eu odeio parar no meio do capitulo, e os capítulos desse livro são extremamente longos.

QUOTES:

“ É a ele que você quer, não a mim. Não posso ser para você quem não sou."
“ Eu não sabia como chamar aquilo que acontecia entre nós, mas estava gostando. Era uma sensação tola, frágil e boa. “
“ Quando alguém não o deixa entrar, você acaba parando de bater. Entende o que quero dizer?"

“ Se eu nunca voltasse para casa, o que ficaria faltando?"

“ Eu a amava, é claro, mas em grande parte porque amar a mãe é obrigatório, não porque ela fosse alguém que eu achasse que gostaria muito se conhecesse andando na rua. O que ela não faria, de qualquer maneira; andar é para pessoas pobres."





sexta-feira, setembro 23, 2016

Falar sobre sentimentos que desatinam é inexorável


 – “Nunca me preocupei com alguém da forma que me preocupo contigo. Nunca fui cuidadoso com alguém assim, exceto a minha filha, e não sei explicar o motivo.”

Há palavras que precisam ser guardadas na memória, colocadas em uma caixinha, deixando-as intocadas no coração. Não porque elas não mereçam ser lembradas, mas para que não passem de bonitas à dolorosas. Para que elas não doam em nós. Para que elas exerçam o papel delas à época: “nos fazer felizes e amados”. Não há porque condenar e tentar esmiuçar cada frase e palavra dita. Não há porque olhar cada vírgula na tentativa de dizer se o que fora dito era real ou não. A gente sabe quando alguém é sincero.

Nós sabemos quando somos amados. Mas também sabemos o quanto as pessoas se perdem em meio aos sentimentos e desejos. Às vezes deixamos uma vida de lado para saciar uma vontade e um capricho do momento. Abrimos mão de uma felicidade duradoura por uma sensação momentânea. Fechamos os olhos para o que sentimos naquele momento e não nos damos conta do quão perigosa é aquela nossa aventura. Arriscamos perder. E, arduamente perdemos.

– “Eu soube que era você quando vi a minha felicidade no seu sorriso”.

Não há que se questionar das verdades ditas. Apesar da cabeça embaralhar e o coração se recusar acreditar. Você fecha os olhos e vê a pessoa nitidamente olhando para você. Com os fixos. Com o sorriso nos lábios. Repetindo inúmeras vezes o quanto te ama e o quanto deseja ter filhos contigo. Você se transporta para cenas vividas, se recorda dos risos e gargalhadas. Da forma que a pessoa tinha você dentro dos olhos, dos suspiros e das músicas que ele lhe cantava todas as noites. A sua cabeça vira uma radiola e as canções já não são cantadas por seus interpretes. É a voz dele que ressoa, que ecoa em sua mente. É a voz dele que, apesar de não cantar, te cantava todas as noites. Que te cantava sobre felicidade, sobre casamento, sobre “como era bom te ver”.

Olhando para nós. Para mim. Para você. Eu me recuso a acreditar que não tenha havido verdade nas palavras. Que o nosso sentimento tenha sido fictício ou que eu tenha me apaixonado por um personagem. Poucas são as pessoas que têm a graça de encontrar alguém que as completem, que sejam incríveis umas com as outras e que adivinhem cada pensamento. Poucas são as pessoas que te alertam seus horários de remédios, que insistem para você comer ou que te adulem a se cuidar. E assim ele fazia. Amava como amava uma filha. Amava como amava alguém que era importante e que queria para sempre na vida.

Falar sobre sentimentos que desatinam é inexorável. E, apesar disso a gente fala. Falamos para que os ouvidos ouçam e a mente se convença de que nada foi em vão. A gente fala na esperança de acordar e saber que é apenas um pesadelo. Esperando que o amor venha até nós e nos convença que estávamos errados e que há apenas uma falha na comunicação, que houve apenas um mal entendido. Que o amor existe, existiu e existirá. A gente tenta se convencer que as palavras não eram apenas bonitas, mas eram reais.

Eu mergulho em meu interior, fecho os olhos e penso: “que sorte a nossa termos nos encontrado e termos crescido tanto”. O crescimento que há em nós são os frutos dos dias que vivemos. Há história. Porque histórias não se resumem à carne, ao tato, ao sexo. Amor é muito mais que isso. Amor é compreensão, é reciprocidade, é amizade, é levantar o outro na queda, é torcer pela felicidade do outro, é cuidado diário. Eu me recolho em mim e penso que – apesar dos pesares – houve amor. Pelo menos da parte pela qual eu posso afirmar: de mim. Dedicação é amor. Ouvir é amor. Abraçar a dor do outro é amor. Enxugar as lágrimas do outro é amor.

E, embora estejam esperando de mim um texto choroso sobre o amor. Um texto que pragueje e maldiga o que vivi. Eu só posso escrever sobre gratidão. Porque eu repito – poucas pessoas na vida têm o privilégio de conhecer o amor. De vivê-lo. E eu vivi. E desse amor aprendi a me amar mais, a me querer mais, a me desejar mais. Desse amor eu aprendi o quanto eu era bonita, o quanto os meus olhos também são, o quanto minha sobrancelha também é. O quanto eu mereço a felicidade.

Não há o que se entristecer diante disso. Não há o que se enraivecer diante de tudo. O amor tudo perdoa, tudo crê e tudo espera. E, o seu perdoar não significa esquecer ou desejar viver novamente ao lado do outro. Não significa apagar da memória ou ter amnésia. Significa olhar para o outro com olhar de misericórdia e entender que a humanidade dele o venceu; é olhar para o outro e dizer: “eu entendo você, porque eu também erro”. É abraçar o outro e reconhecer que todo mundo tem a capacidade de magoar alguém. É pegar a pedra de condenação e atirá-la no chão, porque o amor sempre é o vencedor.

O amor tem o poder não somente de transformar pessoas, mas de modificar situações. Às vezes uma pedra de tropeço vem para nos fazer refletir sobre quem somos e/ou quem estamos sendo um para os outros. Toda queda traz lição. Toda cicatriz nos lembra dessa queda. Quem sabe esta minha queda me ensine a ser alguém melhor. Quem sabe a queda dele o ensine a amar com mais cuidado. Quem sabe essa situação não esteja aí para o nosso crescimento como ser humano.

Hoje eu olho, criticamente, para o que eu trago no peito e digo que valeu a pena. Cada risada, cada lágrima, cada bom dia e boa noite. Hoje eu olho para o sentimento que – apesar de anestesiado – se mantém bonito e intacto. Porque aprendi nestes dez meses o amor que Coríntios dizia. Porque aprendi a reconhecer a nossa fragilidade e olhar carinhosamente, compreensivamente, para os erros do outro. Uma mãe ama verdadeiramente um filho, o repreende, mas nunca deixa de amar. Assim, é o amor verdadeiro. E, entendendo essa máxima eu afirmo: o amor tudo perdoa. E, se não perdoar não é amor.


quinta-feira, setembro 22, 2016

A sacralidade do amor



O amor é o sentimento que dá sentido a todos as coisas. Ele nos torna indefesos diante de sua imensidão e pequenos perante a sua grandiosidade. Saber reconhecer o amor não é uma tarefa simples. O amor é complexo. Ele é como diz Coríntios 13: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece”. Quem ama de verdade não é leviano com o coração do outro. Ele se coloca duas, três, quatro vezes no lugar do outro antes de magoá-lo. Ele oferece a verdade em forma de crescimento. Ele se despe de suas armaduras, se despoja de suas vestes, para que o outro tenha uma visão clara e límpida de sua alma. Quem ama de verdade dá o melhor de si. Oferece a chave de casa, abre a porta e faz café. Ajuda a desfazer as malas.

Somos uma geração carente de afeto. Somos pessoas que não compreendem o valor real do amor e quando o encontramos não sabemos como lidar com ele. Não temos a delicadeza necessária para cuidá-lo. Nossa destreza é péssima. Derrubamo-nos no chão. Deixamo-lo cair. Amar é muito mais que palavras e sabemos, por pura experiência, que ele não vive de teorias. Ele não sobrevive em meio à insegurança, à dúvida, ao medo. O amor pede segurança e, principalmente, paz. Se você não consegue confiar completamente em uma pessoa não há razão, não há sentido, em você permanecer ao lado dela.

Somos uma geração sedenta por amor. Somos pessoas que não conseguem identificar o que nos é oferecido e nos permitimos aceitar qualquer migalha. Amor exige reciprocidade. Não que ele deva ser colocado em uma balança e que devamos, a todo o momento, pesar o que sentimos e o que nos oferecem. Precisamos apenas observar com clareza aquilo que estamos vivendo. Para mergulharmos em um rio precisamos saber nadar, devemos estar cientes de que é necessário cuidado, que é preciso cautela para não nos afogar. Nós mergulhamos de uma vez sem medo da profundidade. Nós pulamos de cabeça sem observar se a água é rasa ou não.

Somos uma geração que não consegue entender o quão sagrado é o amor. E o quanto sortudos somos ao sermos abraçados por ele. Muitas pessoas nascem e morrem sem sequer tê-lo vivido em sua integralidade. Não porque não mereçam. Mas, porque tendo em suas mãos não conseguem cuidá-lo. Amor é como uma criança recém-nascida que requer alimento, atenção, cuidado e tantas outras coisas necessárias para mantê-la saudável. Amor é gente. E só compreendemos isso quando nos descuidamos, mesmo que por um minuto, e o vemos definhar. Amor também morre. De fome. De sede. De inanição.

Amores vêm e vão. Levam um pouco de nós e deixam muito de si. Ao amor que vivi nos últimos tempos a minha eterna gratidão. Gratidão por ter me ajudado a crescer nas pequenas coisas, a identificar as minhas falhas, a me amar para ser amada, a ouvir para ser ouvida, a entender para ser compreendida, a ser amigo para ser parceiro. Eu vivi o sagrado. Experimentei o melhor do amor. Eu vi nos olhos a sinceridade, embora a vida tenha maculado o que era puro. O amor é indelével. Mas, percebo que é hora de colocar um ponto final para preservar o que houve de bonito. Constato que meu coração não consegue mais crer. Há um ditado que diz: “quem tem boca fala o que quer”. E, é uma pena ouvir do amor e não mais acreditar.

Somos uma geração que tem pressa para o amor. Eu sou de uma geração que não tem medo de amar.  

quarta-feira, setembro 21, 2016

Você será sempre uma parte de mim


O dia que eu te conheci já sabia que seria amor. E, tem sido assim desde os últimos 11 anos: idas e vindas, encontros e desencontros, vontades aladas e desejos urgentes. Sempre tive a sede de felicidade, mas com você eu queria apenas que o tempo estagnasse, queria me perder contigo em uma dessas tardes de verão, e amanhecermos em uma praia deserta com o sol a vir nos dar bom dia. Queria que não houvesse mais despedidas e nem tão pouco a angustiante espera de um novo encontro. 

A lembrança é um território perigoso, lá fica a nossa melhor parte, a parte que nunca queremos deixar para trás. É o primeiro beijo, o primeiro amor, e aquilo que foi vivido apenas dentro de uma bolha de segundos, e foi o suficiente para ficar infiltrado em nossa memória, e o enfatizamos como perfeito, e sempre nos deixamos levar pelo feeling do momento e a deixa sempre nos traz para o que realmente deveria ser esquecido. Então surgem os momentos contraditórios, onde talvez o presente não é mais tão delicioso como a última lembrança foi e junto com esse gosto amargo da ausência vem as dúvidas. “- Poxa, realmente não é para ser? ”

Hoje estou aqui e não quero apenas relembrar com saudades de cada dia especial que você esteve em minha vida, em mim sempre terei a certeza de que os mais intensos foram ao seu lado, hoje gostaria apenas de lhe dizer que não me importa em que país você more, se está a milhas ou apenas um quarteirão da minha casa, hoje eu quero que você saiba que estará para sempre em meu coração, mesmo que venhamos conhecer novas pessoas, que você se case em Bali, e eu no Japão, mesmo que você viva intensamente uma tórrida lua de mel na França, e eu esteja enfrentando meu terceiro divórcio lá nas Ilhas Cayman. Eu preciso que você saiba que não me sinto presa a ti. Seu amor é mais do que marcas na pele e saudades que pesa meu coração, ele é a história que eu pretendo contar aos meus filhos antes de dormir, você é quem torna ardente toda a minha paixão.

Não quero jogar pela janela nada do que já vivemos, não quero lhe exigir que sejamos igual fomos no nosso primeiro encontro, porque se assim o fizéssemos estaríamos perdendo o verdadeiro encanto. A primeira impressão é a que fica, mas a essência se encontra naquele momento que nunca deixa o outro terminar, e é somente isso que eu desejo, que sempre eu tenha um novo recomeço com você. E sempre venhamos a cultivar mais primeiros beijos, porque nunca um será igual ao outro, e que encontremos e refaçamos a mesma cama para uma nova primeira transa e que a facilidade que encontramos em brigar encontremos também em nos refazermos e sempre venhamos selar a paz com muito amor, nada nasce pronto, basta saber o quanto você é capaz de cultivar.

Todos as forças do universo conspiram para ver o nosso fim, e hoje tenho comigo apenas uma convicção, acabam-se os dias, a ressaca, e até o tesão, mas é impossível se acabar o amor que um dia foi cultivado em nosso coração, então quero que você saiba, que não me importa por qual caminho está a sua vida nesse momento, saiba apenas que em cada despedida cultivo um pouco mais de nós dois aqui no meu coração. Sua presença será notada, e sua saudade será sempre sentida, comigo guardo nossos momentos, e em mim encontrarás não somente um refúgio, mas também serei sempre a sua moradia, assim como você será sempre parte de meus dias.

PS: Volte sempre que quiser, aqui sempre vai ter um lugar pra você, e um coração quente a te esperar. 


sexta-feira, setembro 16, 2016

Mantra da reciprocidade


Chega uma fase na nossa vida, que a gente não se preocupa mais com quem não nos dá atenção. A gente simplesmente cansa de certas coisas, pessoas e prefere deixar ir. A gente se esgota de correr atrás daqueles que não se importam mais, e começa a se desfazer dos nós, desapegar dos pesos, e a criar laços de amor próprio.
Não é feio desistir. Feio é a gente continuar insistindo naquilo que já está nos fazendo mal, que tira a nossa paz e que já não traz mais alegria pra nossa vida. Desistir daquilo que trava o nosso amor é um ato de coragem. Coragem de escolher a nós mesmos e reconhecer o nosso valor.
A gente começa a entender que nem todo mundo é humilde e tem consideração por tudo que nós fazemos para o bem. Às vezes, as pessoas esquecem rápido demais o que nós fazemos por elas. O que fica é a saudade de um tempo que não volta mais, de pessoas que demonstravam ser verdadeiras e se transformaram em pessoas frias.
Mas a gente tem é que agradecer a Deus pela saúde, pela força e pela fé que Ele nos dá e renova a cada dia. Temos que agradecer a Deus por nos fortalecer no amor, restaurar nossa esperança às vezes perdida com certas coisas que acontecem, e agradecer por sempre guiar os nossos passos pela luz.
O céu sempre vai sorrir para nós, não importa a sua cor, as estrelas que temos em nossos olhos sempre irão brilhar. Não importa o que aconteça, quem nos decepciona, quem se afasta, quem vai embora... O que não é de verdade acha uma maneira de ir para bem longe de nós, para proteger o nosso coração de todo o mal.
A gente escolhe a reciprocidade como forma de viver, pois isso que importa, isso que é bonito de se ver. Aquela paixão que a gente tem em se gostar e se transformar em borboletas a cada recomeço. Porque os nossos sonhos não podem esperar, e a nossa felicidade deve ser regada a cada novo ciclo.
Entendemos que amizades e amores, vem e vão, que Deus nos livra do que não é bom para nós e nos dá a liberdade de fazer novas escolhas. E sempre terão novos rumos também. A gente tem mesmo que se reinventar, sem perder a essência, e abstrair o que não nos permite voar.
Quem não tem atitude para permanecer ao nosso lado, tem que sair da nossa vida mesmo. E não é o fim, sabe? sempre existirão outras pessoas, outros sonhos, novos risos e novos ares. Na vida, ser resiliente é ter a capacidade de se recuperar de certas situações e se adaptar ao que está por vir. E é isso quem te que ser feito toda vez que houver uma adversidade pelo caminho.
Recomeçar, sempre. Mesmo com tantos ventos contrários, a gente foi feito pra ser feliz, e a gente há de ser muito feliz ainda. Enquanto isso, sorria, tenha mais fé, cuide do seu coração, desista do que te faz mal, insista em você, seja feliz com as coisas mais simples, e lembre-se que Deus vai colocar o necessário na sua vida e te livrará de tudo o que não for sincero.


quinta-feira, setembro 15, 2016

Uma história sobre recomeçar



Eu queria te dizer que eu precisei começar de novo. Eu mudei. Não sou mais aquela que você encontrou ontem com os cabelos bagunçados. Tive que abandonar a mala pesada que eu carregava das lembranças e passado. Abandonei minhas paixões tolas. A vida me chamou. O fim virou começo e eu me permiti recomeçar. Vez em quando, ainda sinto que não sei ao certo para onde devo trilhar meu próprio caminho, mas a verdade é que toda vez que estou sem rumo, carregando apenas a minha bússola sentimental, eu sei que eu me acho.

Eu queria te dizer, para apagar todas as imagens que você tem sobre mim. Hoje carrego um desembaraço na alma. Eu mudei meu caminho. Eu descobri que o principal é seguir. Por muito tempo a gente se sente à beira do abismo. O caminho parece frio, deserto e com espinhos. E dói. Mas precisei entender que para seguir, mesmo não sabendo aonde ir, é preciso estourar a bolha que a gente mesmo constrói, numa parte distante e inóspita de nós mesmos. Deixei de me enganar na sombra de uma estranha força que por algum tempo me fazia julgar pouco merecedora de vitórias que a vida poderia me oferecer. Eu mudei. Continuar indo foi o remédio que aliviou todas as minhas dores, da cura, do medo de não encontrar a saída deste labirinto.

Quando você decide apenas seguir, ainda que a sua estrada esteja coberta com um monótono cinza, e mesmo que seus olhos ainda lhe pareçam cegos e só consigam enxergar o que pareça o fim, você se encontra entre o escolher seguir e o desistir. Entre descobrir que o cinza também é cor e que as lágrimas estão ali para limpar a alma e regar o coração. E que cabe a você decidir atravessar esta estrada ou ficar. Entre se jogar em uma nova descoberta em explosão de sentimentos ou parar de sonhar.

Eu queria te dizer que eu mudei. Precisei transbordar. Chegar ao limite. Mudar. Precisei seguir para me permitir estar aberto a novidades e experimentar novas possibilidades todos os dias. Para seguir neste caminho, precisei começar de novo. Da estrada do arrependimento, meu coração foi o único capaz de me tirar dela.

Estrada certa em ruas tortas. Não importa. Eu senti medo. Mas o que me fez ter a coragem em mudar foi escolher que o medo não iria influenciar as minhas decisões. Escolhi que meu novo caminho seria bonito. Feito de cores e de todo querer de Deus.

Respirei fundo. Perdoei meus erros. Aceitei as minhas ironias. Reconheci que a felicidade nunca será perfeita. Remexi minhas emoções e olhei no espelho que ainda guardava dentro de minha mala, agora já vazia, com o reflexo de que eu era única e que o brilho que eu procurava morava aqui dentro e que, naquele momento, eu estava pronta para pegar uma tela em branco e usar novas cores para pintá-la. 
Então, sorri. E segui.


quarta-feira, setembro 14, 2016

Valeu por tudo, querido ex!


Se não fosse você, talvez eu não possuísse tantos arranhões e nem tantos machucados – devo confessar – porém, se não fosse você hoje não teria me transformado nessa pessoa. Então entenda, isso não é um lamento, mas uma carta de agradecimento.

Querido ex, muito obrigada! Eu agradeço por cada vez que me fez de otária e que sentisse péssima. Precisei desse incentivo para seguir em frente, não da forma que eu queria, porém da forma que foi necessária. Aprendi a não confiar mais nesses sorrisos tão cativantes, e muito menos acreditar nas desculpas do tipo: “eu não ouvi meu celular tocar”, nas vezes em que liguei para você.

Nunca soube que eu podia voar tão longe, e agradeço a você por me permitir descobrir isso. Sabe aquele coração que você falava que era de mocinha? Hoje ele se transformou em um coração cheio de curativos e cicatrizes, mas também se transformou no coração de uma linda mulher.

Poderíamos ter dado certo, não tenho duvida disso, no entanto ainda bem que não demos. Depois que você partiu eu entendi que não era para ser. Posso confessar que eu chorei e achei que nunca mais me recuperaria, chorei como uma criança da mesma forma que me recuperei como a mesma. Sabe quando as crianças caem, choram e logo depois já estão correndo de novo? Comigo foi assim, eu cai, chorei e logo depois levantei e segui.

Querido ex, eu não guardo magoas, rancor ou qualquer outro tipo de sentimento sobre a sua pessoa. Queria te dizer que estou livre de qualquer coisa que eu sentia por você e hoje carrego no meu peito somente gratidão. Gratidão por ter passado na minha vida e não ter ficado, por ter me feito sofrer, chorar muito e por me ensinar tudo que hoje eu sei sobre os homens.

Relaxa! O nosso relacionamento não foi de todo ruim, tivemos momentos bons e felizes – isso não posso negar – apesar disso tudo desandou. E para o nosso bem você ter saído foi o melhor.

Diante disso, hoje eu só deixo o meu muito obrigada. E, te desejo toda a sorte do mundo. Seja feliz, porque eu estou sendo. Gratidão!


domingo, setembro 11, 2016

Eu te amo, amor. Eu te amo hoje!



A gente esbarra todo os dias no amor. Amor é quando uma mãe prepara o café para o seu filho, é quando um pai levanta de madrugada dá um beijo na testa e cobre a criança que deixou cair o cobertor no chão, é quando a gente cuida do outro porque sabemos que ele precisa de cuidados, é quando a nossa dor pede um pouco de calma, pede para respirar e saímos sem direção. A gente deixa a nossa casa por alguns minutos. 

A gente se ilude que conseguimos deixar o amor de canto, mas onde nós estivermos, onde o nosso coração está, é lá que habita o amor. Todos os dias somos bombardeados pelo amor, mas nem sempre sabemos identificá-lo. Porque o nosso coração ferido demais se cega, porque a nossa razão entra em guerra com o coração. Eu te amo, amor. Eu te amo hoje! O meu coração repete sempre. O teu coração repete na mesma frequência. E, por mais que lutemos contra as adversidades, por mais que a razão venha nos apontar o horizonte, é o nosso coração que mostra a real direção.

Eu te amo, amor. Eu te amo hoje! Eu te amo nessa conexão que temos, na frequência que nos mantêm vivos dentro um do outro, nas palavras que se calam diante do que sentimos, na voz que silencia o peito só pra sentir na mente o sorriso e a voz do outro. Eu te amo, amor. Eu te amo hoje! E você me ama em seu respirar profundo, na dorzinha que você tenta afastar pela distância que separa os nossos corpos. O amor é essa coisa de não saber onde a gente começa ou termina. É não saber quando começamos a ser na vida do outro e só se dar conta quando já estamos dentro, bem fundo, lá onde apenas os nossos olhos/coração conseguem ver.

Eu te amo, amor. Eu te amo hoje! E te amei no teu jeito de se convidar à minha vida, à ceia de Natal, aos meus dias mornos. Tu fostes a primavera mais bonita da minha vida. O sol que irradiou os meus dias cinzentos. Tu és a razão de eu me amar cada dia mais e de acreditar que os meus sonhos têm valor. O amor é essa coisa louca que não compreendemos. O amor é esse sufoco que bate no peito e os labirintos que eles nos coloca. A gente não sabe o que é amor até ir embora, por um instante; e ter vontade de dar meia volta correndo para os braços de quem é nosso porto.

Eu te amo, amor. Eu te amo hoje! Na janelinha online que acelera os nossos corações. Na cibernética da vida. No crescimento contínuo e mútuo que temos. No despertar e adormecer. No meu desconcerto e no teu cuidado. Na tua voz de amor que me faz/fez/fará dengo. Eu te amo, amor. Eu te amo hoje! E te amarei amanhã um bocadinho mais, e daqui uns dias dez vezes mais. Eu te amo no meu presente, no meu futuro. Pra você eu acredito que tenha guardado realmente o amor, assim como Nando Reis canta. Eu guardei o amor sem saber o motivo de estar guardando e sei que tu, que nós, não sabemos o que fazer com o amor que guardamos. O amor tem único dono, meu amor. Eu te amo hoje. Tu me amas hoje. Nós nos amaremos amanhã. 

E nos sabemos.


quinta-feira, setembro 08, 2016

Falta pouco, meu amor



Eu aprendi a amar você nos seus inúmeros “bom dias”. A gente se conheceu devido ao acaso. De tantas possibilidades eu jamais imaginaria que nós seríamos um do outro, que planejaríamos uma vida juntos ou que já teríamos os nomes de nossos filhos. E temos. Tudo isso acontece tão natural. No dia a dia. Nas conversas que vão se estendendo por horas a fio. Acordar e ter seu bom dia é tão certo quanto o nascer do sol. Dormir com os teus “montões” de beijos e os estalinhos no fone de ouvido. A gente não sabe o quanto estamos dentro da vida do outro, apenas sabemos que somos tão necessários quanto o ar que respiramos.

Eu aprendi a te amar na singeleza da tua vida, nos teus sonhos de menino e no desejo ardente que tu tens de conquistar o mundo. O mundo é teu, meu amor. Ele sempre foi. Quando eu olho por todos os caminhos que percorremos até aqui, por tantas as declarações que nos fizemos até hoje, por todos os percalços de nossos caminhos, compreendo que nosso encontro foi predestinado. Aquela história de alma gêmea, entende? Quando eu te ouço dizer: “é você!” O meu coração se enche de mil borboletas e a vida parece que se apequena diante da imensidão do sentimento que abrigamos em nós.

Falta tão pouco, meu amor. Para ter teus braços em volta de mim, para sentir o nosso coração batendo em uníssono, para sentir que a vida foi realmente generosa conosco ao nos apresentar. Ando riscando o calendário diariamente e a cada risquinho o meu coração se enche de alegria e ansiedade. Ansiedade pelos teus beijos que há muito você me guarda, dos abraços que vamos contabilizando e do amor que deixará de caber apenas em nosso peito e se espalhará em nós por inteiro.

Eu aprendi a te amar na tua sinceridade, no teu respeito e acima de tudo no teu cuidado para com o meu coração. Na liberdade que temos de adentrar a vida do outro e, pacientemente, ouvir aquilo que nos aflige. Poucas são as pessoas que passam por esta vida e têm a sorte que tivemos. Sorte de encontrar alguém que adivinha os nossos pensamentos, que divide os mesmos sonhos e que se completam através do olhar. A gente se tem tanto, se quer tanto, é tanto um do outro, que às vezes não sei onde terminamos e começamos. Parece que somos um só.


Eu te escrevo mais uma vez para que saibas que o amor é laço. E que ando sonhando com teu abraço, pedindo que os dias corram apressados para que a nossa vida se desenhe. Para que a gente se ame, para que a gente se tenha, para que a gente se veja por dentro do outro e diga – assim como dizemos sempre – o quanto nos amamos e o quanto a vida foi generosa ao nos apresentar. Falta pouco, meu amor. Muito pouco.


terça-feira, setembro 06, 2016

O sol dela é em Áries




A sua impulsividade sempre está à flor da pele. Não queira medir forças ou tentar provar que ela está errada, pois ela sempre tem razão. Há quem diga que é um anjo quando se apaixona. Há quem afirme que é um demônio quando contrariada. Eu, por minha vez, digo que ela é calmaria revestida de tempestade. Você precisa saber lidar com seus altos e baixos e compreender que o seu temperamento é mais indomável que uma fera em plena selva. Ela ama com força, deseja com garra e se entrega como quem salta de cabeça de um penhasco. Ela não tem medo do amor.

Ela é de Áries, meu amigo. E mesmo que você leia o seu mapa astral completo, mesmo que o traga consigo dentro da sua carteira – como um manual de instruções – não será suficiente para desvendar os mistérios e o que passa dentro da cabeça dessa mulher. Ela é intensa no pensar e feroz no agir. Seu coração é um terreno arenoso. Há que ter muito cuidado para caminhar por ele, pois são poucos que conseguem completar a travessia. Ela é para guerreiros. Para os que não têm medo de encarar a guerra com o peito desnudo. Para quem sabe que vale a pena estar ao seu lado.

Ela é ariana, meu chapa. Ela ama com grande paixão e para estar ao seu lado é preciso sincronia. É preciso entender que seus lábios carregam a verdade e que jamais ela guardará em seu coração aquilo que a incomoda. Ela sempre opta pela boa convivência e deseja, em contrapartida, que apontem os seus erros. Que leiam o bê-a-bá. Não! Ela não aceitará tudo mastigado em uma relação, mas ainda assim ela prefere estar ciente do terreno onde está pisando. Ela também é para caminhos tortuosos, mas nunca para o marasmo. Ela é vulcão em erupção. É ventania em dia quente. É chuva de verão em tempos de estiagem.

O sol dela é em Áries, meu camarada. E muitos olharão para você e dirão: “que azar se apaixonar por uma ariana”. Mas, só quem embarca nessa relação é quem sabe, apesar da sua loucura, a delícia que é ter nos braços uma paixão avassaladora, como é ter na vida uma companheira para eternidade, uma cúmplice para as melhores e piores aventuras. Só quem tem uma ariana sabe o que é ter uma confusão na vida e ainda assim agradecer por ela. Arianos são para quem tem sangue no olho. Para quem não tem medo da vida.  



segunda-feira, setembro 05, 2016

Você me tem fácil demais



 Te pego as 17:00.

Mal sabe ele que já estou à sua espera desde o primeiro bip da mensagem, porque será que é tão difícil você entender o meu jeito de te amar? Não sinto vergonha de expor aqui abertamente minhas emoções, porque sou de pele, sou da química e dos beijos intermináveis, mas também sou de alma e muito coração. Você se esquiva, dá desculpas, abstrai, finge demência, e eu? Apenas fico repetindo incansavelmente a mim mesmo: uma hora ele vai me enxergar, uma hora dessas vai ser a nossa vez de se perder por aí e no amanhecer do dia ele vai dizer que também aprecia a minha companhia.

Mas não, os nossos momentos são por conta gotas, e as suas desculpas estão cada vez mais escancaradas, de uma forma que não dá mais para te defender. Não tem futebol, não tem amigos que precisam de você, não tem aniversário de avó e tão pouco o seu cachorro morreu. Para de mentir na minha cara! Você consegue me fazer sentir pior do que eu já estou cada vez que vem com suas lamúrias, como se realmente se importasse. Tudo que eu realmente desejo? Há como eu queria apenas que se importasse, mas tudo que você me deixa são alguns resquícios de dor.

E ela jamais vem do lado que a gente espera, porque na realidade esperamos o chocolate do final da tarde acompanhado de um beijo apaixonado, esperamos aquela música boa para deitarmos na cama de conchinha com alguém, esperamos aquele banho demorado e que sempre tenhamos quem esfregue as nossas costas, esperamos o natal, ano novo, o carnaval, até a páscoa, mas não esperamos pela decepção, tristeza, mágoa e traição.

A dor nunca anuncia a chegada, ela não vem de véspera, e nunca tem passagem de volta. Ela dura e perdura até nos tornarmos fortes novamente. O que realmente temos que saber é que ela não é eterna, não, nada dura tanto tempo assim, então me desculpa, mas irei me reerguer, o ditado é antigo, mas é válido. O sol vai sair depois da chuva, e depois o arco-íris, e sempre teremos sono depois do almoço, e sempre vai ser bom evitar passar embaixo da escada ou cruzar com o gato preto na encruzilhada qualquer de uma sexta-feira 13. Quero um par para que me acrescente momentos sem pesar, porque de pesada já basta minha bolsa. Um amor que não me faça cobranças, porque eu quero me doar por vontade própria.

Que ele respeite a minha identidade individual, que não tente nos tornar um só, com os mesmos gostos, as mesmas vontades, as mesmas neuras, tudo certinho me dá tédio.  É um relacionamento livre que me dá tesão, em que ambas as partes escolheram estar não por carência ou comodismo. Não porque não-tem-tu-vai-tu-mesmo, mas porque foi uma escolha entre estar feliz solteiro ou estar mais feliz ainda com essa pessoa e ela agregou valores. 

Os dois têm consciência de que estão juntos porque querem, e sabem que ninguém é obrigado a levar isso adiante se não se sentir valorizado, amado e feliz. É um relacionamento divertido, porque te dá liberdade de rir sem culpa, viver sem pudores, virar criança em alguns momentos e reinventar o Kama Sutra em outros, é esquecerem que já foram só metades e se encontrarem em si mesmo por um único inteiro.

O que eu quero dizer com tudo isso? É que você me teve fácil demais, mas a sua falta de interesse real na minha vida fez que nela você entrasse, mas não é o suficiente para que você fique, a porta da frente está aberta, por favor saia por lá, e não se esqueça de bater, meu coração é habitado apenas por aqueles que são amantes da porra da reciprocidade, e isso você já provou que não sabe nem o que é. 


sexta-feira, setembro 02, 2016

Tchau, amor!



A melhor sensação é quando você olha pra trás, respira fundo, abre um sorriso largo, e pensa: "já não me faz mais falta." Todos aqueles nós que me prendiam ficaram no passado, e eu, segui em frente, e superei tudo aquilo que achei que eu nunca seria capaz de superar. Mas sabe, a gente é capaz de tanta coisa, que só sabemos realmente quando passamos por certas situações.Descobrimos como é bom ser livre, leve e feliz. Porque é isso que importa: a nossa felicidade e mais nada.
Se tem alguma coisa ainda te prendendo, liberte-se! Você só vai descobrir o quanto é incrivelmente forte, quando enfrentar seus próprios medos, não permitir mais que te deixem triste ou sentir falta de quem não faz questão alguma de ter você por perto. Você vai conseguir se desprender desses nós angustiantes. Não tenha medo de descobrir novos horizontes. Você vai aprender a se reinventar, a se livrar do que não te acrescenta coisas boas.
Recomeçar não é fácil. Deixar tudo aquilo pra trás também não. Mas, você tem que agradecer por poder ter o privilégio de trilhar um novo caminho, fazer novas escolhas, realizar outros sonhos, ser feliz com o que realmente importa e - principalmente - ter aquela paz de estar consigo mesma. Deixe seu coração descansar um pouco, ele precisa de um tempo só pra ele e você precisa de uma experiência só com você.

Você vai se reerguer, mas tem que ter vontade e coragem para enfrentar tudo que houver pelo caminho sem pestanejar. E vai chegar o dia em que tudo isso vai passar, e você vai entender porque não deu certo, vai se sentir mais leve e terá novos motivos para continuar sorr(indo). Experimente ser livre do que de certa forma te faz mal, você vai sentir como é maravilhoso poder estar em sua própria companhia e dançar com laços de amor próprio.



quinta-feira, setembro 01, 2016

Resenha - Caixa de Pássaros




 
LIVRO: Caixa de Pássaros
AUTOR: Josh Malerman
ANO: 2014
EDITORA: Intrínseca
PÁGINAS: 272
SINOPSE: No seu romance de estreia, Josh Malerman traz na sua narrativa um empolgante e aterroziante thriller psicológico, em que os personagens precisam enfrentar algo que não pode ser visto. Algo completamente desconhecido e mortal. 

A história é contada por Malorie, alternando entre o presente e há quatro anos atrás, quando o caos se instala na Terra. Depois que a notícia de um violento ataque na Rússia, onde um homem arranca os lábios de um colega que lhe dava carona, com as próprias unhas, e depois se mata usando uma serra que estava na carroceria do caminhão, toma conta das redes sociais. Outros violentos ataques em outras partes do mundo viralizam a televisão e internet, gerando infindáveis teorias a respeito do que pode ter desencadeado tal comportamento nestas pessoas. Tudo que se sabe é que, o vislumbre de algo maligno e desconhecido fazia as pessoas enlouquecerem. Desta forma andar de olhos fechados passou a ser a única alternativa para sobrevier no mundo.

Depois da morte da irmã, Malorie vai até uma casa, onde encontra um grupo de sobreviventes que, vendo que ela está grávida, lhe dão abrigo. Porém, depois de incidente, onde todos os seus companheiros são brutalmente mortos, ela toma a arriscada decisão de descer o rio num barco, com seus dois filhos, de olhos vendados, em busca de sobreviventes e ajuda.

O livro tem uma proposta genial, pois o que causa mais medo no ser humano do que aquilo que não pode ser visto? O desenvolvimento da história e dos personagens é sensacional, prendendo você à leitura, gerando uma adorável angústia e tensão a cada capítulo. 

O livro não responde a principal pergunta que é: que coisa é esta que não pode ser vista que causa tanto mal ao ser humano? O que pode gerar certa frustração no leitor. 
Mas na minha opinião a falta desta resposta condiz perfeitamente com a proposta. A resposta dessa pergunta custaria a vida da personagem, além do que, Caixa de Pássaros é o tipo de livro que não pede uma continuação. Ele exige uma.