terça-feira, junho 29, 2010

Morro a cada dia um pouquinho mais.


{Muito, muito triste}


Impossível.
Um analgésico, por favor.

quarta-feira, junho 23, 2010

Minha água.

Abracei-te em sonho e quando acordei meus braços envolviam-me. Triste, eu pensei.
Triste é constatar que a distância entre nós aumenta a cada dia e que por mais que vontade eu sinta, acredito que é melhor assim. Não por mim, por você.
É que eu não quero acabar, entende? Com aquilo de bonito que ainda consta na memória. É que eu perdi o controle e já não sabia discernir o que era amizade e o que era amor. Ia te magoar. Cedo ou tarde.


Hoje eu choro.

sábado, junho 12, 2010

Rosa.

"Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa."

(...) que a tornou tão importante para mim. E não, não encaro como perca de tempo. As pessoas costumam se lamentar a cada término de relacionamento, esquecendo-se dos momentos que valeram a pena. A beleza do relacionamento não termina com fim da relação, entende? O que quero dizer é que os momentos bons não se apagam, o que foi bom permanece na memória, nas lembranças, mesmo que muitas vezes sejam doloridas "revivê-las". Não estou em um momento deprê, pelo contrário, é reflexivo. Porque muitas vezes eu praguejei contra as pessoas que já passaram pela minha vida, dizendo que foram um erro, a pior coisa que aconteceu, mas cada um que passa deixa algum ensinamento, nos ajuda a amadurecer. Dias atrás conversava com minhas amigas sobre o namoro em si e acredito piamente que ele pode ser comparado a uma planta, se você rega, cuida com certeza ela continuará ali, viva e forte, mas quando você se desleixa ela morre.

Com alguns relacionamentos eu aprendi que brigas e ciúmes desnecessários desgatam qualquer relação. Ninguém precisa saber que existe algum descontentamento entre vocês. As pessoas esquecem que cada um tem um gênio, que para alguns a independência é necessária e que ultrapassar limites doí bem mais que bofetadas. E a cada relacionamento você vai compreendendo que a beleza, que Vinícius de Moraes dizia ser fundamental, não é tão fundamental assim. Porque não adianta você ter uma beleza descomunal e ser uma pessoa difícil de lidar, explosiva, dinamite pura. Há quem goste, mas nem todos - eu, por exemplo, estou fora dessa estatística. Na verdade, não sei o motivo de escrever isso, queria mesmo era escrever algo bonito sobre o dia dos namorados, mas me veio em mente isso: o fim. Talvez porque eu tenha decidido ser uma boa menina, paciente e compreensiva. Tenha notado que havia perdido todos os meus limites e ficado com medo disso, de mim, das minhas atitudes, reações. Talvez eu tenha escrito isso para eu mesma ler e enfiar na cabeça. Talvez eu tenha magoado e a princípio não tenha me arrependido. Talvez eu tenha errado demais esses tempos e tenha perdido completamente o controle da minha vida. Talvez eu devesse ter freado enquanto era tempo.

Mas tudo é talvez.
(...) Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

quarta-feira, junho 09, 2010

Mãos dadas.

Precisamos mais que os minutos que nos são concedidos a cada noite. Talvez, meu bem – não saibamos o quanto já exista de cada um dentro do outro, no coração. E espero que não nos ocupemos demasiadamente com vírgulas e hífens que insistem em rondar esta relação. É que você realmente tem razão sobre o vinco que se faz em minha testa cada vez que me contrarias, que o sorriso me é largo deveras quando insistes nas tuas palhaçadas, que as mensagens altas horas da madrugada, apesar de acordar-me, arranca-me suspiros muitos.
E desde que decidimos ser assim, sem reservas - apenas ser um no outro. Percebi que qualquer estação do ano será primavera e mesmo que a chuva caia ferozmente lá fora, conseguirei pintar um sol a cada sorriso teu. É que me tens, compreendes?

Não importa, porém, que chovas lá fora. Desde que decidas estender-me a mão como tu fazes agora.

Acho que a programação voltou ao normal agora.

quarta-feira, junho 02, 2010

"Amor? Não sei. É meio paranóico. Parece uma coisa para enlouquecer a gente devagar.
Caio F."


Eu precisava que o reflexo que vejo todos os dias no espelho me chocasse, gritasse comigo e que me mostrasse que o fim do trilho é esse. Que há tempos não há mais caminho, que já desci na última estação. Mas a esperança, que por vezes é bendita, não faz jus a sua fama. Ela me enlouquece. Me traz desejos que alimento no coração, que rego tal qual uma planta. Talvez os meus sonhos, talvez as fantasias que tenho cá dentro. Não sei. É que todas as vezes que penso em mudar a direção, estender a mão a quem deseja pegá-la, eu penso que estou fazendo a coisa errada. Mas me diz: "o que é certo?"


Eu sei que é errado insistir em gostar de você, assim, como eu gosto. Mas eu quero dizer que é preciso para mim algumas vezes e terrivelmente impossível outras tantas. Acontece que eu não consigo imaginar um futuro onde você não esteja, de alguma forma, e isso me faz enganar a quem não devo. E hoje isso me dói como uma bofetada, como disse Caio F.


Queria levar a diante todos os planos que idealizo relacionado ao meu sentimento. Acabar. Deixar de lado, escanteio, apagá-lo, sem usar ninguém para que isso aconteça.

Mas eu me fecho. Sempre.