Eu
aprendi a amar você nos seus inúmeros “bom dias”. A gente se conheceu devido ao
acaso. De tantas possibilidades eu jamais imaginaria que nós seríamos um do
outro, que planejaríamos uma vida juntos ou que já teríamos os nomes de nossos
filhos. E temos. Tudo isso acontece tão natural. No dia a dia. Nas conversas
que vão se estendendo por horas a fio. Acordar e ter seu bom dia é tão certo
quanto o nascer do sol. Dormir com os teus “montões” de beijos e os estalinhos no fone de ouvido. A gente não
sabe o quanto estamos dentro da vida do outro, apenas sabemos que somos tão
necessários quanto o ar que respiramos.
Eu
aprendi a te amar na singeleza da tua vida, nos teus sonhos de menino e no
desejo ardente que tu tens de conquistar o mundo. O mundo é teu, meu amor. Ele
sempre foi. Quando eu olho por todos os caminhos que percorremos até aqui, por
tantas as declarações que nos fizemos até hoje, por todos os percalços de
nossos caminhos, compreendo que nosso encontro foi predestinado. Aquela história
de alma gêmea, entende? Quando eu te ouço dizer: “é você!” O meu coração se
enche de mil borboletas e a vida parece que se apequena diante da imensidão do
sentimento que abrigamos em nós.
Falta
tão pouco, meu amor. Para ter teus braços em volta de mim, para sentir o nosso
coração batendo em uníssono, para sentir que a vida foi realmente generosa
conosco ao nos apresentar. Ando riscando o calendário diariamente e a cada
risquinho o meu coração se enche de alegria e ansiedade. Ansiedade pelos teus
beijos que há muito você me guarda, dos abraços que vamos contabilizando e do
amor que deixará de caber apenas em nosso peito e se espalhará em nós por
inteiro.
Eu
aprendi a te amar na tua sinceridade, no teu respeito e acima de tudo no teu
cuidado para com o meu coração. Na liberdade que temos de adentrar a vida do
outro e, pacientemente, ouvir aquilo que nos aflige. Poucas são as pessoas que
passam por esta vida e têm a sorte que tivemos. Sorte de encontrar alguém que
adivinha os nossos pensamentos, que divide os mesmos sonhos e que se completam
através do olhar. A gente se tem tanto, se quer tanto, é tanto um do outro, que
às vezes não sei onde terminamos e começamos. Parece que somos um só.
Eu
te escrevo mais uma vez para que saibas que o amor é laço. E que ando sonhando
com teu abraço, pedindo que os dias corram apressados para que a nossa vida se
desenhe. Para que a gente se ame, para que a gente se tenha, para que a gente
se veja por dentro do outro e diga – assim como dizemos sempre – o quanto nos
amamos e o quanto a vida foi generosa ao nos apresentar. Falta pouco, meu amor.
Muito pouco.
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