quarta-feira, julho 29, 2015

Seja livre.



Eu tive meu coração despedaçado inúmeras vezes ao longo dos anos. Algumas dores dilaceravam o meu coração e eu achava que não suportaria, mas a vida me provou através dessas decepções o quanto sou forte. Nós achamos que nossa dor é única, que ela é maior que qualquer outra e que não venceremos. Mas não, não é. Eu já chorei diversas vezes por amores que eu acreditava serem eternos, depositei todas as minhas fichas em relações falidas e sem perspectiva. Eu chorei um mar inteiro por pessoas que sequer se comoveriam por saber que eu estava triste.

E o que eu aprendi com isso tudo? Que ninguém irá te amar de verdade se você não se amar primeiro. Que o amor a gente não mendiga, não implora a ninguém, porque a essência do amor é a sua gratuidade. Aprendi que o amor tem que nascer de dentro para fora e que a partir do momento que eu me amar, outras pessoas verão o amor em mim.

É uma tarefa árdua, mas é necessário que nós coloquemos limites sobre o poder que o outro tem sobre nós. Todas as vezes que eu falo que temos que viver um amor livre é porque me recordo que já vivi em uma prisão. Não há nada pior que viver um relacionamento onde a desconfiança, a insegurança e o medo são os protagonistas. Todas as vezes que falo sobre isso é porque tenho propriedade, porque lembro que consenti ao outro a me aprisionar.

Eu quero dizer a você, meu leitor, meu amigo, que eu não sou tão resolvida quanto vocês pensam, que eu tenho sim os meus problemas e luto com alguns 'demônios'. Eu choro como qualquer outra pessoa, eu brigo com meu namorado, eu bato boca, mas algo que eu tenho comigo agora é que eu sou autora da minha própria vida, o roteiro da minha vida é meu. E ser dona do roteiro não quer dizer que eu vou seguir a risca tudo o que escrevi, quer dizer que eu escolho os personagens que se manterão em minha história.

Ninguém é obrigado a viver com quem agride, destrói e violenta o outro. E isso não se restringe a agressão física, mas a psicológica. Nós não podemos viver um amor de aparência, um relacionamento fictício, porque achamos que nunca encontraremos ninguém. Sempre há alguém. E mesmo que não haja é melhor viver bem com sua companhia a viver solitária ao lado de outra pessoa.

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Lindo aqui. E o seu texto é carregado de verdades.
    beijos.

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  3. eu A M E I esse teu texto. ficou tão sincero, tão verdadeiro, tão leve. Amei amei.

    PS: blog ficou lindão.

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    1. Obrigada, MF!
      O layout ficou super por quem me auxiliou é super.
      Muito obrigada. Você é dez!

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