Você não faz ideia do quanto eu fiquei parada no tempo, desde que você me deixou. Eu vivi, por uns bons meses, esperando que você aparecesse, me ligasse e dissesse que queria voltar, que sentia minha falta e que ter terminado comigo foi um erro.
Perdi várias noites de
sono imaginando o dia que você bateria à minha porta e me pedisse perdão por
todas as atrocidades que havia me dito, por ter sido um machista idiota. Cê nem
imagina o quanto eu analisava dentro de mim todas as fases do nosso
relacionamento, tentando encontrar um ponto em que tivera sido meu maior erro,
o ponto crucial de tudo ter se encaminhado para o fim. Em que momento a minha
culpa tinha se estabelecido.
Eu chorei, sofri, fui
consumida por um sentimento que, até então, eu não conhecia e que jamais
deveria ter me acusado dele – a culpa. Demorou muito tempo até que eu
entendesse que não havia culpa, mas até lá, eu me deitava do seu lado da cama,
perdida em mim, sem aceitar que seu lugar estava vazio, e sem coragem de
ocupá-lo, com medo de você voltar.
Depois de tanto tempo
sofrendo por puro costume, eu me toquei que você é só mais um babaca egoísta e
egocêntrico, e foi isso que mexeu com você quando me viu aquela noite. Não foi
amor. Foi arrependimento por ter visto que minha maquiagem me fazia brilhar,
que meus olhos reluziam a minha superação, que meus cabelos estavam ainda mais
longos – do tamanho que você sempre quis – e a minha postura mais adulta e
divertida ao mesmo tempo.
No meio da noite, quando
já tinha tomado umas doses de coragem – whisky – chegou no meu ouvido e
disse “você está mais linda” e quer saber? Eu
estou mesmo!
Senti meu mundo desabar
por tanto tempo, lutando com as lágrimas que não cessavam, acreditando que a
vida seria a eterna ausência de você. Mas eu não poderia estar mais enganada.
Diante de tanta dor, eu descobri uma eu cheia de coragem e que saberia se
reinventar em meio a tanto caos.
Eu caí. Uma queda livre
até o fundo do poço. Me machuquei inteira e até hoje carrego hematomas na pele
e lesões na alma. Mas eu superei! Eu consegui me erguer do que era o fim de
tudo o que acabou. Consegui recomeçar e tudo que eu queria era sorrir de
alegria e chorar de alívio, por tudo aquilo ter acabado. Eu era uma bagunça,
mas agora eu era a minha própria bagunça e não mais a de alguém, o peso de
alguém.
As suas cantadas baratas
não me afetam mais, porque hoje eu não quero que você volte. Não quero que
surja nem no meu quintal, porque você é destruição para qualquer coração, e
hoje eu sei disso. Sei que você nunca me mereceu, porque se merecesse, a vida
não seria tão melhor sem você!
cheguei de paraquedas aqui e veja só,que artigo eu encontro aqui? maravilhosa a tua historia,garota! superar é dificil, mas é preciso!
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