quarta-feira, setembro 26, 2012

A culpa é?

A Culpa, realmente, é das Estrelas. Terminei de ler o livro ontem para uma discussão literária que participo no face, e não muito diferente dos outros eu também chorei. Não porque o livro fosse realmente muito triste. Porque não é. Ou é? Mas eu vejo apenas a vida “poetizada” por assim dizer. Quantas pessoas apenas morrem e viram névoa em nossas mentes até, por fim, simplesmente dissipar. Eu tive experiências dolorosas ao perder algu
ém querido. E enquanto eu lia um capítulo eu lembrei de mim, deitada com o cabeça afundada no travesseiro para abafar o meu choro. Sim! Aquele choro que você quer gritar, ou melhor, que você grita junto. É, não chorei exatamente por causa do livro. Chorei porque me arrancaram assim, do nada, pessoas que eu amava muito. Se você nunca perdeu alguém querido não sabe o que é não poder mais abraçar, não poder contar uma novidade. E eu fi
co pensando como a nossa “existencialidade” é tão efêmera. Nossa vida é água colhida pelas mãos que escorre pelos dedos em instantes. Ninguém eterniza ninguém. Você pode dizer que a pessoa ficará viva em seu coração. Eu já disse isso. Confesso. E realmente não somos “deuses” para manter ninguém vivo em nós, é impossível. A pessoa morreu. Morreu. A gente não lembra, sério. A não ser que sintamos alguma fragrância, estejamos em algum lugar que era comum aos dois, mas fora isso não lembramos. A própria memória trata de imitar a vida e mata a pessoa em nós também. 


Sinceramente. Eu choro hoje. De dor.

2 comentários:

  1. Quero muito ler esse livro - Já ouvi falar muito dele.

    E isso tudo que você exprimiu de seus sentimentos, tudo isso me desassossega.

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