Completavam-se. Ela com toda a sua docilidade misturada vezenquando com sua acidez - doce e incoerente. Ele rude ao extremo, amolecia-se sempre que os braços dela envolviam seu pescoço em busca de afeto. Eram amigos – apenas. Assistir a sessão da tarde só fazia sentido se os pés dela estivessem sobre as pernas dele, enquanto comiam pipoca e tomavam café. Costume estranho que ele aderiu depois de conhecê-la. Ela era pura tempestade, vendaval, tornado, ele sempre a acalmava, aprendeu um pouco de meteorologia depois que se viu dentro da vida dela.
E ele não conhecia outra vida a não ser a dele – na dela. Os dois. E eles cresciam, mudaram, já não eram mais crianças. Ele derrubou tinta guache em sua camiseta branca, ela apenas sorriu e revidou. Mas o namorado dela os viu e interferiu, chamando-o de irresponsável. Ela ficou sem graça e nada disse. Apenas assentiu.
Ele foi embora chutando pedras e em seu peito havia dor, muita. Ele indagou: por que ela não olha para mim? Enraiveceu-se quando não obteve resposta. Ela é tão perfeita – pensou ele. E ainda assim é muito pra mim. Por que ela me magoa tanto? Por que ela não vê que me esforço para fazê-la feliz? E ele sentiu-se infeliz, sentando-se em frente a TV desligada.
Ela chegou a casa correndo, era puro furacão. Correu até o quarto e trancou-se no banheiro, tirou a blusa que agora tinha um tom vermelho do guache, seus olhos azuis estavam tão vermelhos quanto a mancha da blusa. Chorava. E dizia: Por que ele não olha pra mim? Ele é tão perfeito e eu não sou nada. Por que ele me magoa tanto?
E não conseguiram dar nome ao sentimento. Deixaram-no aprisionado. Lá dentro.
E ele não conhecia outra vida a não ser a dele – na dela. Os dois. E eles cresciam, mudaram, já não eram mais crianças. Ele derrubou tinta guache em sua camiseta branca, ela apenas sorriu e revidou. Mas o namorado dela os viu e interferiu, chamando-o de irresponsável. Ela ficou sem graça e nada disse. Apenas assentiu.
Ele foi embora chutando pedras e em seu peito havia dor, muita. Ele indagou: por que ela não olha para mim? Enraiveceu-se quando não obteve resposta. Ela é tão perfeita – pensou ele. E ainda assim é muito pra mim. Por que ela me magoa tanto? Por que ela não vê que me esforço para fazê-la feliz? E ele sentiu-se infeliz, sentando-se em frente a TV desligada.
Ela chegou a casa correndo, era puro furacão. Correu até o quarto e trancou-se no banheiro, tirou a blusa que agora tinha um tom vermelho do guache, seus olhos azuis estavam tão vermelhos quanto a mancha da blusa. Chorava. E dizia: Por que ele não olha pra mim? Ele é tão perfeito e eu não sou nada. Por que ele me magoa tanto?
E não conseguiram dar nome ao sentimento. Deixaram-no aprisionado. Lá dentro.
os opostos se atraem, as vezes dá mais certo! Feliz natal! A primeira a comentar! \o/
ResponderExcluirO amor é teimosia pura, ele se liberta.
ResponderExcluirLindo blog.
Beeijos ;*
o amor é confuso e o orgulho, aproveitando-se disso, tem um imenso poder de destruí-lo.. uma pena
ResponderExcluirTimidez, orgulho, teimosia... Isso tudo só afasta dois apaixonados.
ResponderExcluirÉ a merda da insegurança, as vezes é melhor ter um pedacinho de terra do que não ter nada, mas só as vezes.
ResponderExcluirAdorei o texto *-*
ResponderExcluirVocê escreve muito bem.
bjus =*
Ê povo apaixonado, tá parei! haha
ResponderExcluirsaudades linda,
nem desejei feliz natal.. então vai um atrasadinho ai pra voCê!
bjs, quero novidades.
Amor mudo. Muitos amores assim, intensos, são calados. Eu senti um amor assim, escondi tão bem escondido, que esqueci onde foi parar.
ResponderExcluirCharlie B.
às vezes, pode até ser que seja bom ter um alguém ñ tão igual por perto...sinceramente, ñ sei até que ponto isso pode ser bom ou ruim...
ResponderExcluirmas, adorei, logo no início qnd disses que: "ele aprendeu até um pouco de meterologia depois que se viu dentro da vida dela".... bela metáfora.
incontáveis abraços.
às vezes, pode até ser que seja bom ter um alguém ñ tão igual por perto...sinceramente, ñ sei até que ponto isso pode ser bom ou ruim...
ResponderExcluirmas, adorei, logo no início qnd disses que: "ele aprendeu até um pouco de meterologia depois que se viu dentro da vida dela".... bela metáfora.
incontáveis abraços.
belo blog. belo-belo.
ResponderExcluirgostei do texto...
ResponderExcluiràs vezes o amor é tão óbvio ou o caminho natural de uma amizade, mas acaba não acontecendo... isso sim é dor!
O amor brinca de pique-esconde, felizes são aqueles que o encontram.
ResponderExcluirBeijos
;*
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTanta gente ama assim... fica o medo de se mostrar e perder, de se declarar e acabar ficando sem nada para sobreviver.
ResponderExcluirPor isso ainda prefiro arriscar, mesmo que sofra depois... pelo menos vale tentar.
Beijo, Pâm!
Deu uma dorzinha no peito, Pam.
ResponderExcluirÉ quase sempre assim, que o amor não acontece, não é?
Suas palavras me encantam, doçura.
Beijos :*